Semana passada tivemos o prazer de assistir à uma palestra super interessante sobre famílias bilíngues promovida pelo Grupo Mamães na Suíça em parceria com CEBRAC, que contou com o apoio do Consulado Geral de Zurique e o blog mamisabroad.com. A palestrante, Fabiola Dueri Sonderegger, boliviana, morou muitos anos em países diferentes e vivencia os desafios de educar seus dois filhos em um ambiente internacional e dentro de uma família bilingue. Neuropsicóloga e psicóloga com especialidade clínica, ela aceitou o convite do Grupo Mamães na Suíça para compartilhar com seus conhecimentos e vasta experiência sobre o assunto.
Diante do tema tão fascinante , a palestra se estendeu em uma discussão animada e com muita interação. Todas as perguntas foram respondidas com muito carinho pela Fabiola e ainda ficamos com “gostinho de quero mais” no final da apresentação.
A primeira grande “lição” que aprendemos é a de que existe uma distinção entre bilingue nato, bilingue secundário e bilingue adquirido. O nato é exposto às duas línguas desde seu nascimento e possui um domínio similar de ambos os idiomas. O secundário é exposto à uma lingua e depois à outra. O bilingue aprendido, por sua vez, adquire conhecimento de outros idiomas através do estudo.
Foi também interessante perceber que não basta nascer em uma família onde são falados mais de um idioma para as crianças se tornarem automaticamente bilingues. O bilinguismo demanda esforço ativo dos pais ou cuidadores e um cuidado em ser consequente e consistente no diálogo com as crianças. Através da repetição constante é que as crianças vão aprender e começar a entender, falar e dominar os diferentes idiomas. E mais ainda, vão captar e compreender os sentimentos e cultura por trás da língua. A dica que fica com certeza é que devemos falar sempre somente nossa língua com nossos filhos, independentemente de onde estivermos e com quem estivermos. Esse é um dos melhores presentes e herança que podemos dar a eles. E esse aprendizado deve começar bem cedo, pois até os dois anos de idade é quando as crianças estão mais receptivas para receberem esses estímulos.
Pode ser que as crianças tenham certa resistência em falar o idioma de um dos pais, mas é importante insistir, sem forçar, e procurar criar momentos que provem para eles que é gostoso saber os idiomas. Esses momentos podem ser jogos em família, leitura, grupo de encontros com outros amigos ou famílias, viagens etc. Precisamos despertar o interesse e curiosidade dos pequenos e oferecer, sempre que possível, a igual possibilidade para eles se expressarem em ambos os idiomas. E esse é um grande desafio quando uma das línguas é mais requisitada do que a outra, devido ao país onde se mora. E é aí que entra nosso papel.
Nós convidamos a Fabiola para contribuir com nosso blog e compartilhar conosco um pouquinho de tudo o que ela tem visto e vivenciado. Esperamos com ansiedade que em breve ela nos envie textos interessantes para ler e divulgar 🙂
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