Não consegui amamentar no peito
Maternidade

Não consegui amamentar no peito

05 ago 2014

Ai ai ai, esse tema me persegue… Cinco dias após o nascimento do meu filho decidi parar de tentar amamentar. Não aguentava mais ouvir o barulho da bombinha e ver as garrafinhas vazias. De novo.

Quando tive minha filha eu tentei tirar leite do peito por 40 dias, a cada 3 e 4 horas, sem sucesso algum. Com meu filho, depois de três dias bombeando a cada três horas, resolvi parar.

Estava farta desse assunto. Farta da pressão. Farta das perguntas em torno da amamentação. Não entendo o interesse, mas aqui vai a resposta: não, não funcionou da primeira vez e nenhum sinal de que seria diferente da segunda.

Meus seios estavam imensos, doendo, inchados e inflamados. O corpo continuava “produzindo” leite, apesar de nenhuma gotinha aparente. A especialista em amamentação e o médico que me acompanharam não viam razão para eu continuar com a bombinha. Nem eu, se não fosse a pressão externa que sentia entrando por todos os meus poros e explodindo na minha cabeça. Podia até ver o olhar de pena mirando meu filho cada vez em que me vissem dando mamadeira para um bebê tão pequeno. O mesmo olhar que era direcionado para minha filha. Olhar de julgamento: mãe incapaz e criança “predestinada” a ser mais fraquinha, doentinha, coitadinha.

Fiquei um bom tempo olhando para o remédio que deveria tomar se quisesse parar de tentar amamentar. Falei com minha mãe ao telefone e decidimos que eu não tomaria nada. Tomei os comprimidos na manhã seguinte, após passar a madrugada acordada com febre alta por causa da inflamação.

mamadeiraHoje em dia convivo bem com a minha decisão e meu “destino”. Mas aprendi muito com essa experiência também. Aprendi a lidar com frustração e aceitar o que não posso mudar. E aprendi, acima de tudo, a respeitar mais os outros.

Então para todas as mamães e mamis-to-be aqui vai meu recado (ou apelo): chega de pressão, comparação ou julgamento. Vamos dar as mãos e nos unir em prol da única coisa que nos faz realmente ser mães de verdade, que é o amor pelos nossos filhos!

E um muitíssimo obrigada aos funcionários da Hipp, Milupa e todos os fabricantes de fórmulas e mamadeiras!

 

Com carinho, Grazi
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