Esse é um post que tirei do fundo o baú… publiquei originalmente em 2012 em outro blog, mas não poderia continuar mais atual 😉 …
Mas essa “liberdade de ser imperfeita” não é fácil de ser aplicada quando o assunto é maternidade. Mamães podem ser mais cruéis e competitivas do que top models… quem é mais bio? Quem é mais saudável? Você não prepara em casa a papinha do seu filho? Quem tem os filhos mais educados? Seu filho ainda não fala? Seu filho já tem um ano e três meses e ainda não anda? E por aí vai…
É muito fácil se sentir pressionada a se encaixar no modelo de “Mamãe Perfeita”. Eu tinha essa ilusão no começo, mas cansei e acabei relaxando. Para muitos, então, acabei sendo classificada como “Mami-Monstro”:
- No sétimo mês de gravidez minha filha passou a receber doses massivas de Starbucks por dia, pois eu simplesmente queria comer doces o tempo todo
- Entrei na cesariana por livre escolha e fui quase crucificada
- Não tive leite e dei mamadeira desde o hospital. De louca e inconsequente por ter feito cesárea passei a ser uma aberração. E minha filha uma coitada.
Em meio a muita culpa, julgamento e reflexão pensei em voltar atrás e seguir as regras novamente. Mas ainda bem que não consegui… hehehe
- Minha filha começou na creche aos quatro meses de idade (quase um crime por aqui)
- Ela comeu muita papinha industrializada de bebês, pois eu nem sempre tinha paciência para preparar as papinhas dela todos os dias (hoje ela come desde pepino e morango até comida tailandesa e tortilhas)
- Acho a chupeta uma das melhores invenções do mundo
- Quando não tenho paciência para brincar no chão da sala ou quando quero usar o computador ligo sem culpa a TV e minha filha dá risada assistindo desenho. Pena que por pouco tempo…
- Só saio de casa se o tempo está bom, contrariando as recomendações suíças de que as crianças precisam de ar fresco todos os dias (para isso abro todas as janelas da casa). E por aí vai…
Não que eu queira contrariar as “regras”. Mas passei tantos anos tentando me encaixar nos modelos da sociedade, que agora que não caibo mais nas minhas roupas antigas resolvi também deixar para trás outras “formas”. Ainda estou uns quilinhos mais gorda, mas muitos quilos mais leve. Se você quer ser a “Mamãe Perfeita”, boa sorte. Eu prefiro viver a liberdade de ser uma Mami-Monstro feliz 🙂