
Quando o Fabrício nasceu a Isa tinha exatos três anos. Tudo foi novidade para mim, pois venho de uma família pequena e sou filha única, então nunca tive a menor idéia do que seria lidar com ciúme entre irmãos.
Durante a gravidez a Isabella demostrou bastante carinho pelo novo membro da família, mas ficou nítida sua agressividade contra mim. Ela parecia estar com raiva. Quando o Fabrício nasceu ela não entendeu que eu precisava ficar uma semana no Hospital. E quando voltei para casa as coisas pioraram, já que trouxe comigo um pacotinho. E ele veio pra ficar.
Ela demonstrava muito carinho e atenção pelo irmão, mas estava super ríspida comigo. Me agredia fisicamente, queria distância, só queria o pai. Até que com o tempo as coisas foram ficando mais fáceis e cada um na nossa família começou a achar seu novo papel.
Conforme o Fabrício foi crescendo percebemos que ela fazia uns carinhos bem brutos nele, no estilo Felícia e seus animaizinhos. Mas achamos que era um pouco a frustração de ele não interagir com ela da forma como ela gostaria. Ela queria brincar, mas ele era muito pequeno para reagir. E ela ficava com raiva.
Hoje o Fabrício está com dez meses. Recebe muita atenção de todos e já ganhou seu espaço na casa e na família. Ele também se senta e “brinca” com a Isabella, da maneira dele. Ele se arrasta pela casa atrás da gente e ela adora. Mas também fica meio nervosa quando ele não vai aonde ela quer, então ela o puxa pela perna, barra sua passagem e vez ou outra o provoca até que ele começa a chorar. Quando o choro é fraquinho dá para ver um sorrizinho de satisfação nos lábios dela. Mas ela tenta disfarçar, claro. Quando ela o machuca mesmo ela chora ainda mais do que ele. Remorso puro.
Meu marido e eu ficamos meio na corda bamba. Quando devemos repreender e quando devemos deixar que eles encontrem seu caminho de convivência de forma natural? O que é normal e o que não é normal?
Nas minhas pesquisas na internet encontrei esses vídeos super interessantes da psicóloga Daniella F. de Faria:
Ela dá diversas dicas que nos ajudaram muito aqui em casa, como entender que uma certa regressão no comportamento do filho mais velho é normal, envolver nossa filha nos cuidados com o bebê, arrumar tempo exclusivo para ela, reformular nossa forma de comunicação com nossa filha e mostrar que as regras serão aplicadas para todos de forma igual… E muito importante: deixar claro que a atenção se divide, mas o amor se multiplica!
Bem, acho que todos os nossos esforços estão dando certo… ontem de noite a Isabela me contou que quando cochilou na escolinha acordou chorando. Eu perguntei a razão e ela disse que é porque “eu quisia a mamãe, quisia o papai e quisia o Fabrício” Kkkk. Lindinho, né? 😉
Me diverti com o texto.. melhor parte: “Quando o choro é fraquinho dá para ver um sorrizinho de satisfação nos lábios dela. Mas ela tenta disfarçar, claro. Quando ela o machuca mesmo ela chora ainda mais do que ele. Remorso puro”.
Penso que é assim mesmo.. vocês estão se saindo super bem, acreditem 🙂
Beijão!