Eu tive o privilégio de conviver com todos os meus avós até alguns anos atrás e sei bem como é gostoso esse colo e mimo que só avós sabem dar.
Meus pais sempre trabalharam fora e meus avós paternos tiveram uma participação muito grande na minha criação. Se bobear me assemelho mais a eles do que aos meus pais em muitas coisas.
Meus pais não conseguem acompanhar o crescimento da Isabella e do Fabrício de perto, então toda vez que a gente se encontra eles grudam nas crianças e as crianças neles. Tudo o que luto por meses a fio para ensinar eles “estragam” em apenas alguns dias. Os horários das refeições mudam bastante, os lanchinhos da tarde são incontáveis, as bolachinhas e docinhos são sempre permitidos, as voltinhas na rua inevitavelmente terminam com uma esticadinha à banca de jornal mais próxima para comprar alguma revistinha, figurinha, brinquedinho etc. Hora de dormir não existe, comer no sofá é permitido e no vale tudo para as crianças acabo saindo perdendo.
Se brigo com meus pais eles fazem bico e se chamo a atenção dos meus filhos levo bronca. Sou acusada de dura e apelidada de general. Kkkkk. No começo me sentia mal e tentava manter a ordem, controlar, seguir minha rotina normal. Hoje em dia sou mais leve, dou mais risada. Acho graça e procuro não ligar tanto. Explico pra Isa que nas férias as coisas são assim e que “casa de vó é sempre domingo”.
Como posso reclamar de tanto amor e tanta dedicação? Infelizmente hoje não tenho mais o prazer de conviver com todos os meus avós como no passado, mas observo com muito carinho a alegria dos meus filhos em desfrutarem do convívio com meus pais e meu sogro. São momentos impagáveis e memórias que eles guardarão para sempre.
Tem melhor presente de Natal do que esse?
